Novo titular da Secretaria da Fazenda e Planejamento, Henrique Meirelles recebeu nesta sexta-feira (4/1) o cargo dos antecessores Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho (Fazenda) e Maurício Juvenal (Planejamento e Gestão). A cerimônia de transmissão de cargo aconteceu no Grande Auditório, localizado no 17° andar do edifício-sede.

 

"O Estado de São Paulo é totalmente inserido dentro do quadro geral da economia brasileira: maior centro industrial, financeiro, de serviços, comercial, e que fornece para todo o país. E compra de todo o país. Portanto, São Paulo crescendo, ele pode de fato, consolidar e ser o motor do crescimento nacional. Vamos desenvolver uma série de ações. E a primeira delas, muito importante, referente às contas públicas. São Paulo, tradicionalmente tem sido um estado de contas equilibradas", afirmou.

 

Engenheiro formado pela Universidade de São Paulo, com mestrado em Economia e Administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Meirelles foi presidente do Banco Central com maior tempo nesta função, ocupando o posto entre 2003 e 2011. Comandou o Ministério da Fazenda entre 2016 e 2017 e foi presidente Mundial do BankBoston, sendo o único brasileiro a ocupar o posto de uma grande instituição financeira global. Em 2002, foi eleito o deputado federal e, em 2018, concorreu à Presidência da República.

 

Henrique Meirelles já havia sido oficialmente empossado pelo governador João Doria na última terça-feira (1º), em cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul da capital.

 

Arca

Após a receber o cargo, Meirelles depositou uma nota de R$ 100 na pequena arca de madeira preta existente no gabinete. Com menos de um metro de largura e pouco mais de 50 centímetros de altura e comprimento, a peça tem grossas dobradiças, fechaduras de ferro e a frase: 'Cofre de orfãos mandado fazer pelo meritsimo juiz de orfãos dr. João dos Santos Sarahiba, sendo thezoureiro Joaqim José de Sá', redigida no português arcaico e gravada na parte de dentro da tampa.

 

Envolta em mistério, a arca tem uma história curiosa: segundo a lenda, quem se negar a depositar algum valor nela terá gestão amaldiçoada, pautada por economia estagnada e arrecadação em baixa. Há em seu interior 38 cédulas e 12 moedas de seis dos últimos sete sistemas monetários brasileiros: cruzeiro novo; cruzeiro; cruzado; cruzado novo; cruzeiro e real. Entre as relíquias estão uma nota vermelha de 100 cruzeiros, com a gravura de D. Pedro II; uma cédula 10 mil cruzados, com a ilustração do sanitarista Carlos Chagas; uma nota de 100 cruzados novos, com o rosto da poetisa Cecília Meireles; e uma nota de um real.

 

Meirelles também participou da cerimônia de descerramento de quadros dos dois últimos titulares da Pasta: Helcio Tokeshi e Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho.