As fake news não são um fenômeno atual. Apesar da avalanche de informações falsas circulando nos últimos tempos, devido a massiva utilização das redes sociais e serviços de mensagens, como WhastApp e Telegram, em especial nas searas política, econômica e na saúde, elas existem desde os primórdios.

Compostas por chamadas apelativas e sem fatos comprovados, as fake news têm grande capacidade de viralização e apresentam impactos negativos na opinião das pessoas sobre determinados assuntos e comportamentos e, consequentemente, danos individuais ou coletivos, à democracia, economia e à saúde pública.

Ao longo dos últimos dias, por exemplo, informações falsas sobre os valores do ICMS cobrados na gasolina e no gás de cozinha nos estados estão circulando em grupos de WhatsApp e nas redes sociais.

Uma das postagens engana ao afirmar que os tributos federais que incidem na gasolina estão zerados, enquanto o imposto estadual representaria 46% do preço final. No Estado de São Paulo, a alíquota do ICMS da gasolina é de 25%, uma das mais baixas no país. Em outras unidades federativas, ela varia de 25% a 34%. Já as taxas federais (Cide, Pis/Pasep e Confins) são de 15,5%.


No caso do gás de cozinha, uma das informações que circula é de que o valor do ICMS representa R$ 43 no preço final, o que não é verdade, já que ele varia de 12% a 18% nos estados. Em São Paulo, por exemplo, a alíquota sobre um botijão de 13kg em São Paulo é de 13,3%, uma das mais baixas do país.

Portanto, é muito importante que, antes de compartilhar qualquer informação nas redes sociais, seja checada para saber se é verídica, já que é muito fácil cair numa armadilha e acabar compartilhando fake news.

Veja abaixo algumas dicas de como identificar e combater fake news.

Cuidado com os títulos: uma estratégia muito utilizada pelos criadores de conteúdo falso é apelar para títulos bombásticos e provocativos. Por isso, é importante ler o texto completo e não apenas o título, assim você saberá o conteúdo todo e evitará a divulgação de informações imprecisas.

Verifique o site e o autor: sites obscuros, que não pertencem a empresas jornalísticas ou a algum órgão oficial costumam inclusive publicar informações de forma anônima. Procure sobre a notícia no seu navegador e veja se outros meios de comunicação com credibilidade também compartilharam algo sobre ela.

Verifique a data de publicação da notícia e certifique-se de que ela é recente: muitas vezes, a notícia não é falsa, só é velha, o que tira o assunto do contexto e induz a erros.

Observe se há erros ortográficos: erros gramaticais e de formatação são alguns dos indícios que ajudam a indicar que o conteúdo é falso.

Não acredite em fake News. Lembre-se de que para se informar corretamente, é sempre importante procurar os canais oficiais! O esforço de alfabetização digital ajuda no combate à desinformação.