​​O governador Geraldo Alckmin sancionou no ultimo dia 27/07 o decreto 62.648, criando regras para o teletrabalho no serviço público. A medida possibilita que servidores realizem suas funções profissionais a distância, fora das dependências físicas onde atua, em alguns dias da semana (exceto sextas e segundas).

Experiências já estão em curso na Secretaria da Fazenda e na Procuradoria Geral do Estado. O objetivo é reduzir custos fixos, como manutenção do escritório (energia elétrica e água), transporte e alimentação. A medida também objetiva o aumento de produtividade. Para isso, serão estabelecidas metas semanais. Este projeto piloto, que deverá durar oito meses, está em fase de testes na diretoria de Representação, nas unidades de Bauru, Campinas e São Paulo. Dos 80 agentes dessa área, 20 se candidataram para o projeto. Os servidores dessa área são responsáveis por análise e revisão de autos de infração.

“Todos os controles acessados por estes agentes são digitalizados. A Fazenda pode, por exemplo, acompanhar o horário em que o servidor acessou o sistema e quais processos foram baixados. Tudo como já é realizado atualmente nas dependências da Secretaria”, destaca o secretário estadual da Fazenda, Helcio Tokeshi. A única diferença é que os servidores fazem tudo isso da sua própria residência – mas com ganho da sua satisfação pessoal: livres da agitação diária de ter que percorrer longas distâncias e perder tempo no trânsito, eles podem encontrar um equilíbrio entre a vida privada e o trabalho.

Com isso, o servidor ganha mais flexibilidade: uma vez que trabalha mais descansado, consequentemente se torna mais produtivo. A solução é um ganha-ganha e poderá resultar em redução de custos fixos para o Estado no futuro: será menor a necessidade de espaço físico para alocar determinados perfis de servidores que atendam às peculiaridades de cada tipo de trabalho desenvolvido.

A ideia ao final do projeto piloto é estender esse conceito em áreas onde haja efetivo controle sobre o trabalho, possibilitando a mensuração de critérios de produtividade. Trata-se de um processo gradativo e cauteloso, capaz de detectar o que funciona e em quais áreas poderá ocasionar ganho de produtividade. Outras áreas da Fazenda futuramente podem ser as próximas a implementar o conceito.

Do ponto de vista de gestão e também em consonância com as novas tendências mundiais de trabalho, a proposta é expandir o benefício para outros setores do funcionalismo público, de forma gradual e controlada. O foco é fazer mais com menos, gastando menos o dinheiro pago pelo contribuinte em busca da melhoria na qualidade dos serviços prestados à população.​