​A Secretaria da Fazenda, por meio das Delegacias Regionais Tributárias da Capital II (DRTC-II), de Sorocaba (DRT-4) e do ABCD (DRT-12) deflagrou na manhã desta quinta-feira (18/5) a operação Clone contra empresas de um grande grupo do ramo de bebidas que são suspeitas de inadimplência fraudulenta do ICMS, embaraço de fiscalização e organização de fraude fiscal estruturada. As diligências contam ainda com a participação de procuradores do Estado e reforço de militares do 24º Batalhão da PM em Diadema.

Os 24 agentes fazendários realizam verificações em seis instalações pertencentes à fabricante de bebidas: três unidades em Diadema, uma em Tatuí e em dois escritórios na capital Paulista.

Com cerca de R$ 2 bilhões de débitos já inscritos na dívida ativa e autos de infração milionários, as empresas do grupo têm deixado de responder a inúmeros comunicados da Secretaria da Fazenda desde o ano passado e jamais receberam fiscais da pasta para esclarecimentos. 

Nos últimos anos, várias empresas perpetuadas para fazerem parte neste esquema sonegatório foram identificadas pela Secretaria da Fazenda e tiveram suas inscrições estaduais cassadas pelo Fisco. Mesmo impedidas de funcionar por determinação da Secretaria Estadual da Fazenda, há indícios de que elas ainda hoje continuam operando irregularmente, sem inscrição estadual, mediante estabelecimentos localizados em outras regiões para simular operações com refrigerantes e sucos.

O Fisco também identificou créditos vultosos de impostos relativos a supostas entradas de insumo nunca comprovadas, emitidas por empresas situadas em outras unidades da federação, cujos valores foram objeto de autuações.

Questões relacionadas à blindagem patrimonial e ocultação do quadro societário, mediante a interposição de empresas de participação e de offshores são alguns dos desafios que estão sendo enfrentados pelas equipes envolvidas nos trabalhos da operação Clone.​